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Fonte: Rússia Today
A chamada “fase de alarme” é desencadeada quando “existe uma interrupção no fornecimento de gás ou uma procura de gás excecionalmente elevada que conduza a uma deterioração significativa da situação de abastecimento de gás, mas o mercado ainda é capaz de fazer face a esta perturbação ou demanda sem a necessidade de tomar medidas não baseadas no mercado”, de acordo com o plano de três etapas do Ministério da Economia alemão .
A Associação Federal das Indústrias de Energia e Água se recusou a confirmar ou negar se o próximo passo do plano de emergência deveria entrar em vigor quando solicitado pelo Die Welt.
O órgão estatal regulador de gás Bundesnetzagentur recentemente delineou detalhes de um sistema de leilão a ser lançado nas próximas semanas com o objetivo de reduzir o consumo de gás entre os industriais.
O chefe da agência expressou preocupação de que o atual suprimento de gás dure durante o inverno da Alemanha. Ao mesmo tempo, o CEO da maior empresa de energia da Alemanha, Markus Krebber, insinuou um cenário apocalíptico, pois “atualmente não há plano … a nível europeu” para “redistribuir o gás se formos totalmente cortados” [pelo fornecimento da Rússia].
Se impostas, as medidas permitirão que as concessionárias repassem a elevação dos custos do gás aos consumidores alemães. Embora não esteja claro quão altos serão esses aumentos de preços, uma fonte sugere que uma família média de três pessoas pode enfrentar um aumento de até € 2.000.
O preço do combustível disparou nos últimos meses após o lançamento da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, que levou a UE a impor sanções maciças a Moscou. No entanto, embora essas sanções fossem destinadas a punir Moscou economicamente, elas tiveram o efeito inverso, afetando cada vez mais as famílias europeias. Uma pesquisa recente descobriu que um em cada seis alemães relatou pular refeições para sobreviver.
A potencial imposição de novas medidas de emergência ocorre após a decisão da Rússia Gazprom na semana passada de cortar o fornecimento de gás natural para a Alemanha em 60%. Enquanto Berlim classificou a decisão da empresa russa de gás como “política”, Moscou explicou que “simplesmente não há nada para bombear”, apontando que a Gazprom não conseguiu manter o fluxo de gás com segurança sem uma turbina que havia sido enviada pela Siemens Energy ao Canadá para reparo que não foi devolvida por causa das sanções.
“Esta é uma crise criada pelo homem, criada pela UE”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov , na segunda-feira. “Temos gás, está pronto para ser entregue, mas os europeus têm que devolver o hardware. E consertar o hardware de acordo com seus compromissos.”
Se a fase final do plano de emergência de gás da Alemanha for acionada, o Estado será encarregado de racionar o gás. Isso aconteceria se houvesse uma “procura excepcionalmente alta de gás, uma interrupção significativa no fornecimento de gás ou outra situação significativa de fornecimento e todas as medidas de mercado relevantes fossem implementadas, mas o fornecimento de gás fosse insuficiente para atender à demanda de gás restante, de modo que que medidas adicionais não baseadas no mercado precisam ser tomadas, em particular para garantir o fornecimento de gás a clientes protegidos”, segundo o Ministério da Economia.
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