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A imposição por Donald Trump de tarifa adicional de 40% sobre a importação do café brasileiro ilustra como sua turbulenta política comercial tarifária pode atropelar o próprio interesse econômico americano. Isso fica evidenciado na manifestação didática da National Coffee Association (NCA), que representa toda a cadeia de valor do café nos EUA, em documento submetido ontem ao USTR (agência de representação comercial americana) na consulta pública envolvendo a investigação da seção 301 contra o Brasil.
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Fonte: Valor-Globo – Por Assis Moreira, Valor — Berna (Suíça)
O extraordinário ganho dos EUA com o café brasileiro. Associação americana teme que tarifaço desvie o enorme valor agregado do café para outros países
A NCA lembra, primeiro, o óbvio: os EUA (quase) não produzem café em seu território. Existe uma simbólica colheita no Havaí e em Porto Rico, mas o país tem que importar 99% do café que consome, que é considerada a bebida favorita dos americanos – mais do que o chá, suco, refrigerante e água engarrafada.
Sobretudo, a NCA mostra como o café cru, não torrado (‘’verde’’) importado é um grande negócio para a economia americana: o setor contribui com mais de US$ 343 bilhões para os EUA por meio de investimento, distribuição, varejo e atividades de marketing.
Fonte: Valor-Globo – Por Assis Moreira, Valor — Berna (Suíça)
O extraordinário ganho dos EUA com o café brasileiro. Associação americana teme que tarifaço desvie o enorme valor agregado do café para outros países
A NCA lembra, primeiro, o óbvio: os EUA (quase) não produzem café em seu território. Existe uma simbólica colheita no Havaí e em Porto Rico, mas o país tem que importar 99% do café que consome, que é considerada a bebida favorita dos americanos – mais do que o chá, suco, refrigerante e água engarrafada.
Sobretudo, a NCA mostra como o café cru, não torrado (‘’verde’’) importado é um grande negócio para a economia americana: o setor contribui com mais de US$ 343 bilhões para os EUA por meio de investimento, distribuição, varejo e atividades de marketing.
Quase sem um pé de café plantado em seu território continental, os EUA conseguem assim transformar cada US$ 1 em importação de café na geração de US$ 43, um valor agregado extraordinário de 4.200% . É algo de causar inveja à Alemanha, Itália, Suíça e outros também grandes comerciantes finais do produto, que praticam a escalada tarifária sem piscar, ou seja, não cobram tarifa na entrada do produto cru, mas impõem taxas altas quando o produto já vem mais elaborado.
O Brasil é a principal fonte de importação americana. Cerca de 32% do café verde vem do Brasil, seguido de Colômbia (20%), Vietnam (8%) e Honduras (7%). A NCA explica ao USTR que as importações do café proveniente do Brasil não podem ser substituídas por compras em outros países, porque o Brasil é o maior produtor mundial da commodity, com volume maior que o dos outros quatro maiores produtores juntos somados.
Qualquer interrupção nas importações [ou aumento das tarifas de importação] coloca em risco o processo da cadeia do café nos EUA, a produção e manufatura de alto valor dos EUA, podendo desviar esse ‘’enorme valor’’ para outros países, como a China, que desejam expandir sua própria indústria, alerta a NCA.
A tarifa punitiva de 40% anunciada recentemente por Trump, ameaça o desvio da commodity ser exportada para outros mercados e prejudicar ‘‘severamente’’ os torrefadores americanos e o valor agregado do produto à economia americana, enfatiza a NCA, que lembra que a China recentemente aprovou a exportação de 183 novas empresas brasileiras de café para o mercado chinês.
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